sem armas
apenas o teclado
um turbilhão de idéias
confusas, indisciplinadas
sedentas de terem sentido
recônditos momentos
desnudo de autocríticas
buliçoso, atrevido
vagueiam os sons inaudíveis
frases soltas no ar deserto
quedo neste silêncio tormentoso
alinhavo frases
em cada espaço
plasmo o ente
insistente
em existir
em fragmentos...
5 comentários:
Comentário de Eduardo Ramos:
Quantas vezes escrevo me sentindo exatamente assim... "insistente em existir em fragmentos..." - e é aí que amo essa coisa do escrever, cada fragmento, o tal do espelho, cada pequeno espelho, uma pequena visão a mais de mim. Belo poema! Aparentemente, confessional do teu momento. Abraço.
(Verso & Prosa)
Caro poeta a inspiração é um processo que nos faz sentir como guerreiros labutando pela vitória e neste duelo mental quando conseguimos juntar as palavras certas à emoção é como se fossemos parir um filho. Nesta batalha literária lhe cabe a coroa de (louros) por mais esta vitória verbal, meus sinceros aplausos.
J.A.Botacini.
Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
15/06/2010
A poesia é a arma que não violenta. Este poema revela a luta mental da arte e o homem. Fascinante. Amei. Drummond fez algo semelhante só em outro caminho. São encantados!Abçs.
Daniel Rosa
daniel_rosa2003@yahoo.com.br
16/06/2010
Voltar a uma arena desarrnado e onde há conflitos, juntar palavras em frases ao vento do deserto e teimar em existir mesmo que aos pedaços é heroico. BRAVO!!!
ubirajara
caravanapoeta@yahoo.com.br
16/06/2010
Caro Amigo, certos combates nos drenam as energias, a realidade haverá sempre de desafiar o idealismo que vai na alma poética, o importante, creio eu, é cumprirmos o papel que entendemos que nos cabe, porém nos sabermos limitados. Depois é ter consciência tranqüila de que se fez o possível. Grande Abraço!
Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
17/06/2010
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