quarta-feira, 15 de julho de 2009

NO AVESSO DA APARÊNCIA*

.....exercício de nos vermos além do que somos vistos, no mergulho em nós mesmos...

sou o que querem que eu seja
amável cortez simpático bom
nem sempre cumpro tudo bem

as vezes sou eu mesmo nas sombras
ignoto de meu eu em escombros
ironizo as conveniências sociais

mesclo atitudes ora aceitas noutras não
panela de pressão artista em frangalhos
nesta barafunda a minha personalidade

toda a humanidade de meu Ser aflora
dual e magnífico sobranceiro e tímido
menino às vezes e adulto em conflitos

nesta confusão de minha alma inquieta
plasmo a matéria habito me apresento
às platéias represento e engulo o grito

levo os dias sucessivos datas agendas
proscrito de outras terras sigo o rito
dançando música conforme o ritmo

mas por dentro atento ebulição
a aparência socialmente aceita
aflito Ser em busca de caminhos...

11 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS EM 23/08/2008

Anônimo disse...

Anônimo disse...

24/08/2008 23h12 - Rose Amaral

Vc. conceitua perfeitamente o sêr humano, com suas máscaras. Adoro seus textos.

Anônimo disse...

23/08/2008 17h28 - Heráclito:

Já aguardo novoas publicações suas! Admirável a qualidade das suas poesias. Parabéns!

Anônimo disse...

Olá Ediloy! Eu me importo de como vejo, mas não me importo como me vêem, eu me amo, se me amam isto é secundário!

Parabéns!
ubirajara
caravanapoeta@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Caro Amigo em Letras, seus versos mostram sua capacidade de se abstrair, e com serenidade, ainda que bordadas em inspiração poética, a contraposição entre a interioridade, sua constituição moral e ética, e o utilitarismo do dia a dia.
Que o "Grandão" lá de cima continue lhe iluminando. Abraços e Luzes Poéticas!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
16/07/2009

Anônimo disse...

Desabafos bem construídos. Vc já leu "Traduzir-se" de Ferreira Gullar?

Beijos

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com

Anônimo disse...

Caro poeta vc trata de um assunto do qual estamos acostumados a ver no relacionamento no nosso cotidiano. Os indivíduos, não os generalizando, têm sempre em mente o desejo de serem vistos segundo aos seus interesses pessoais nunca levando em conta aquilo que realmente ele tem de bom para oferecer ao seu próximo.

Parabéns por mais esta oportunidade de ler e poder refletir sobre o seu tema.

J.A.Botacini

Zezinho.

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO SITE DE POESIAS REESCREVENDO A HISTÓRIA, 15/07/09

Anônimo disse...

nesta confusão de minha alma inquieta
plasmo a matéria habito me apresento
às platéias represento e engulo o grito...

Sofrimento não revelado... Representação de alegria, evitando passar a tristeza interna...

Maravilhoso!!

Fernando Souza

Fernando Souza
contato@maosdigitais.com.br
18/07/2009

Anônimo disse...

Um exercício muito difícil de ser feito, principalmente em forma de Poesia.

Vc conseguiu e muito bem.
Parabéns!

Rose Felliciano.

Rose Felliciano
rttania@yahoo.com.br
24/07/2009

Anônimo disse...

Eduardo Martuscelli, Eduardo Ramos e outras 2 pessoas curtiram isso.

Eduardo Ramos:

Seu poema é uma bela e crua descrição dessa dicotomia, esse paradoxo, entre o "EU" e o "EU_SOCIAL", necessariamente, não os mesmos... e isso é universal e humano. Parabéns, Ediloy!

(VIA FACEBOOK)