quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SEM BANDEIRAS



Acho que as gargantas
Esganiçaram-se doidas
E dos gritos de protestos
Nem murmúrios restaram


Cansaram todos
Dos berros inúteis
Braços cruzados
Conformados na situação


Não se aglutinam movimentos
Reuniões e assembleias
Passeatas perderam o charme
Esqueceram a empolgação


Talvez as reivindicações
 Já foram conquistadas
Sem famintos e desvalidos
Todos  contemplados


Nem mesmo a corrupção
Outrora tão bramida
Hoje é notícia vencida
Cotidianamente vivida 


Os jovens estão velhos
Na velhice conformados
Os tempos estão mudados
E tudo está como sempre foi...









11 comentários:

Anônimo disse...

Marco Aurelio Vieira

E S P E T A C U L A R !!! A última estrofe é ARREBATADORA!!! Aplausos, aplausos, aplausos, POETA!!!

(VIA FACEBOOK - REFÚGIO POÉTICO)

Anônimo disse...

Poema de cunho social e conteúdo amplo que retrata o comportamento do nosso povo perante aos fatos.

Se me permite um pitaco, enquanto o corrupto, outrora combatente da corrupção, estiver se valendo dela, ela não será evidência.

Parabéns e um abraço.
sergio néspoli
lupa@muranet.com.br
11/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

É..., em tempos de reinvindicações, sua poesia mostrou com sensibilidade que o mais importante é reinvindicarmos a vida "sem bandeiras", sem corporativismos e com equilíbrio. Aplausos!! Um abraço! Gilmar.

Gilmar Silva
gilmarsilv@ibest.com.br
10/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

Caro poeta o povo infelizmente ainda precisa de pão e circo o resto fica por conta da falta de cultura. Belo texto, meus aplausos.

J.A.Botacini.

Zezinho.

Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
11/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

Prezado Amigo, eis que os 'nós' na gargata, uns pelas palavras ditas, outros pelas que não surgiram, se unem aos indigestos 'sapos' engolidos, para concluir que a esperança e os ideais parecem comungar apenas com o futuro, ainda que o presente denuncie que o tempo já foi vencido. Abraços Poéticos!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
12/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

12/02/2012 17:59 - Fernando A Freire
Aqueles jovens, hoje velhos, lutaram por algumas causas no perde-ganha da vida. Se e quando perseguidos, em determinada circunstância, os filhos sofreram com suas prisões, torturas, fugas, esconderijos, perdas, despretígios, desilusões... Num santo dia, caminhando e cantando, esses jovens velhos julgaram-se vitoriosos da causa maior. Refazem a vida. Chega de sofrimento para os rebentos da família. A vitória da liberdade parece trazer algo mais do que liberdade... O império do consumismo tira proveito dessa mudança de comando. Os filhos jovens daqueles jovens velhos ganharam a liberdade, até aplaudida pelos pais, de enveredar pelos meandros dos propositais shoppings recém-chegados. Ali se fanatizam. Suas bandeiras são as grifes de produtos importados do mesmo país que agora impõe mercadorias, em vez da ideologia contra a qual tanto seus pais lutaram. Dali, com os trajes da moda, saem em defesa do uso da maconha e de todos os seus "etcoetera"s. Os jovens velhos se cansaram de não ter liberdade. Os filhos a têm, todavia suas cabeças fazem dela uso indevido. As causas nobres não se encontram em vitrines de lojas luxuosas, ou perderam a validade. Cabeças esvaziadas não dão trabalho às forças armadas. Cabeças vazias, bandeiras de fantasia. As consequências, por si, teus versos explicam. /// Um abraço cordial.

(RECANTO DAS LETRAS)

Anônimo disse...

Realmente incrivel!!! Não sei se vc conhece o Felipe Neto o menino que faz vídeos no youtube...Falando dos jovens que não fazem nada pra acabar com os impostos dos produtos importados...Que mais xingam no twitter do que fazer alguma coisa realmente que preste.

Henrique Romero
rick_fiorin@yahoo.com.br
13/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

Grande Poeta, infelizmente nossa juventude é acomodada e aceita conviver pacificamente com esta corrupção,com tanta violência assistindo e presenciando tudo de braços cruzados. Parabéns pelo texto altamente real.
Um grande abraço
Regis paiva

Regis Paiva
rd_paiva@ig.com.br
13/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

Meu caro poeta, a juventude já não sabe reinvindicar os seus direitos, assim como exercer a sua cidadania, as coisas ficam só na teoria e no discurso. Se tentar vai cair na bala de borracha... E agora, José? Muito bem meu caro poeta o teu texto nos chama para a reflexão. Valeu um forte abraço.


Galdino
galdinoalves@uol.com.br
17/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

Olá Poeta

Levantar uma bandeira hoje, não significa ganhar uma guerra, a mídia está sendo expulsa dessas manifestações, onde manifestantes dizem que por eles é usurpados a verdade! Parabéns! abçs!

Lucélia Lima
lualmarques@hotmail.com
14/02/2012

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

Sou professora e entendo o que tão bem escreveu. Parabéns!

Ildérica Maria de Souza Nascimento
ildericamaria@yahoo.com.br
22/02/2012

(SITE DE POESIAS)