Aos pedaços, montado,
Alegrias em remendos
Sorriso instantâneo
Olhar magnânimo
Saltitantes passos
Euforias aparentes
Da tarde,o poente
Respirar aliviado
Impreciso mosaico
A dedo selecionado
Colcha de retalhos
Vitrais colados
Formando um todo
Em partes fracionado
Buscas de luz
Retrato ensaiado...
MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
domingo, 31 de julho de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
BRINCANDO DE VIVER
Afirmo, não refuto
Às vezes, irresoluto
Busco deleites na ficção
Entretido com a ilusão
Subvertendo os fatos
Invertendo os atos
Dando ritmos e graça
Que o real rechaça
Segredos intramuros
Luzes nos escuros
Cores ao pálido
Ascos ao cálido
Insosso viver
Perecer, sofrer
Melhor colorir
Fantasiar, florir...
Às vezes, irresoluto
Busco deleites na ficção
Entretido com a ilusão
Subvertendo os fatos
Invertendo os atos
Dando ritmos e graça
Que o real rechaça
Segredos intramuros
Luzes nos escuros
Cores ao pálido
Ascos ao cálido
Insosso viver
Perecer, sofrer
Melhor colorir
Fantasiar, florir...
domingo, 24 de julho de 2011
À SOMBRA DO NADA
Volto aos versos
Alcoólatra aos drinques
Palavras em vícios
Feito entorpecentes
Tingindo de cores
Telas insípidas
Manhãs corriqueiras
Tardes amenas
Cinicamente vendo
A vida decantada
Sumindo na poeira
Ampulheta dos tempos
Enredos previsíveis
Insensíveis apelos
Escrevo, desdenho,
Na dúvida se creio...
Alcoólatra aos drinques
Palavras em vícios
Feito entorpecentes
Tingindo de cores
Telas insípidas
Manhãs corriqueiras
Tardes amenas
Cinicamente vendo
A vida decantada
Sumindo na poeira
Ampulheta dos tempos
Enredos previsíveis
Insensíveis apelos
Escrevo, desdenho,
Na dúvida se creio...
sábado, 23 de julho de 2011
ROGOS
Meditações nas lágrimas
Corações doridos
Apelos, em lástimas,
Evocações em pedidos
Confissões sentidas
Adultos crianças
Preces benditas
Aneladas bonanças
Instantes mágicos
Fortes e fracos
De joelhos, estáticos,
Assemelham-se, cordatos
Luzes cintilam
Almas sofridas
Bênçãos rutilam
Nas preces aflitas
A alguns, o pão
Carências exprimidas
A outros, o perdão
Do Pai, mãos estendidas...
Corações doridos
Apelos, em lástimas,
Evocações em pedidos
Confissões sentidas
Adultos crianças
Preces benditas
Aneladas bonanças
Instantes mágicos
Fortes e fracos
De joelhos, estáticos,
Assemelham-se, cordatos
Luzes cintilam
Almas sofridas
Bênçãos rutilam
Nas preces aflitas
A alguns, o pão
Carências exprimidas
A outros, o perdão
Do Pai, mãos estendidas...
NECROLÓGIO
Dado o derradeiro instante
Doador, serei, involuntário
Aos vermes a carcaça errante
Inanimado seguirei solitário
Tão só, como jamais estive,
Sem tergiversos à solidão
Figuras de retóricas obtive
Pobres rimas em lamentação
Cônscio ou lunático,
Em verdade desconfiava
Das alucinações, errático,
Do juízo que me escasseava
E, na confusão das gentes,
Tresloucadas como eu,
Cá passei entre indiferentes
Mais um , no necrológio, que morreu...
Doador, serei, involuntário
Aos vermes a carcaça errante
Inanimado seguirei solitário
Tão só, como jamais estive,
Sem tergiversos à solidão
Figuras de retóricas obtive
Pobres rimas em lamentação
Cônscio ou lunático,
Em verdade desconfiava
Das alucinações, errático,
Do juízo que me escasseava
E, na confusão das gentes,
Tresloucadas como eu,
Cá passei entre indiferentes
Mais um , no necrológio, que morreu...
sexta-feira, 22 de julho de 2011
PASSOS DO TEMPO
Na ampulheta a vida passa
Não há inúteis espaços
Célere, rotinas trespassa
Tempo se esvai em pedaços
Infância, colorida e leve,
Na maturidade se esgarça
Brincadeiras, lembrança breve
Migratórias ilusões, voos de garça
Ande, que andar é o destino
De todos que remam neste mar
Labutam e sonham como um menino
Esperançosos a se aventurar...
segunda-feira, 18 de julho de 2011
DORES EM FLORES
Versos esperançosos
Lenitivos às dores
Compassos etéreos
Leves brisas, bolhas de sabão
Suaves aromas
Perfumados deleites
Urdidos em leituras intrínsecas
Fustigados, ousados, sofridos,
Almas doces, fujam arrepiadas !
Belezas donde trazidos
Fontes,martírios sutilizados,
Aflições, doridas inspirações
Antes sofreres
Cruciantes, sublimados
Em lâminas cegas esculpidos
Transmutados, ressurgidos,
Em olhos sensíveis
Flores em beijos, ofertados...
Lenitivos às dores
Compassos etéreos
Leves brisas, bolhas de sabão
Suaves aromas
Perfumados deleites
Urdidos em leituras intrínsecas
Fustigados, ousados, sofridos,
Almas doces, fujam arrepiadas !
Belezas donde trazidos
Fontes,martírios sutilizados,
Aflições, doridas inspirações
Antes sofreres
Cruciantes, sublimados
Em lâminas cegas esculpidos
Transmutados, ressurgidos,
Em olhos sensíveis
Flores em beijos, ofertados...
domingo, 17 de julho de 2011
SENTIDOS OPOSTOS
Na negação, amiúde,
Expondo emoções
Lembrando a morte
Enaltecendo a vida
Na doença
A saúde
Em dores
As alegrias
Poetas e escritores
Melodramáticos
Valem-se das trevas
Salientando a luz...
Expondo emoções
Lembrando a morte
Enaltecendo a vida
Na doença
A saúde
Em dores
As alegrias
Poetas e escritores
Melodramáticos
Valem-se das trevas
Salientando a luz...
sábado, 16 de julho de 2011
E S C R E V E R
não sejam
charadas
labirintos
tampouco
óbvio,
presumido
liturgia
adornada
no simples
apreensão
do etéreo
mistérios
sussurros
ruídos
sons dos ventos...
charadas
labirintos
tampouco
óbvio,
presumido
liturgia
adornada
no simples
apreensão
do etéreo
mistérios
sussurros
ruídos
sons dos ventos...
terça-feira, 12 de julho de 2011
PLATÔNICO DESVARIO
Como dói este sentir enclausurado em si mesmo,
murmurado, antes soluçado, asfixiado pelo desejo
e encantamento, a arrastar-nos, por vezes,
em precipícios, silenciando a fogo
a consumir-nos por inteiro…
E pensar que a inspiração chegou-me
das dores lamentadas por um poeta antigo
cujas lágrimas permanecem e incendeiam
revivendo sua física ausência
as verdades cruciantes
de suas dores trazidas...
Antes, bem além destes tempos,
Corações apaixonados desdobraram
E na mudez dos sentimentos represados
Lograram vida, imortalizando sensações...
murmurado, antes soluçado, asfixiado pelo desejo
e encantamento, a arrastar-nos, por vezes,
em precipícios, silenciando a fogo
a consumir-nos por inteiro…
E pensar que a inspiração chegou-me
das dores lamentadas por um poeta antigo
cujas lágrimas permanecem e incendeiam
revivendo sua física ausência
as verdades cruciantes
de suas dores trazidas...
Antes, bem além destes tempos,
Corações apaixonados desdobraram
E na mudez dos sentimentos represados
Lograram vida, imortalizando sensações...
sábado, 9 de julho de 2011
DORES DE AMOR
Importa menos
O nome dela ou dele
Às dores pretextadas
Buscando culpados
Dos amores sofridos
Em alheios ombros
Antes figurantes
De dramas íntimos
Intrínsecos, doloridos
Na incompreensão da dor
A perda lamentada
Revela antes, a si mesmo...
O nome dela ou dele
Às dores pretextadas
Buscando culpados
Dos amores sofridos
Em alheios ombros
Transferência indevida
Razões dos desenganos
Dando forma e sentido
Antes figurantes
De dramas íntimos
Intrínsecos, doloridos
Na incompreensão da dor
A perda lamentada
Revela antes, a si mesmo...
sexta-feira, 8 de julho de 2011
LÁGRIMAS CANTADAS
Das dores cantante
Sobraçado à viola
Suplicada,murmurante
Amores esvaídos
Decantados,lembrados
Devaneios doloridos
Companheiro instrumento
Das mágoas, cúmplice
Extensão de seu lamento
Em duo
lembrares anelos
Revivem emoções
Gemidos em versos singelos
sentimentos, de penar arduo
Confrangem corações...
Sobraçado à viola
Suplicada,murmurante
Amores esvaídos
Decantados,lembrados
Devaneios doloridos
Companheiro instrumento
Das mágoas, cúmplice
Extensão de seu lamento
Em duo
lembrares anelos
Revivem emoções
Gemidos em versos singelos
sentimentos, de penar arduo
Confrangem corações...
quinta-feira, 7 de julho de 2011
SE...
Não fora a condicionante
Então possível seria
trocar o tédio dos dias
Em sonhos e magias
Realidades permutadas
Nos coloridos dos pincéis
Adornando em formas
Belezas idealizadas
E esta azáfama aturdida
Reboliços de cada dia
Não dominariam impositivas
Esquecidas por aborrecidas
Se assim fosse, todavia,
Qual distinção haveria
Entre as duas situações
O real e as fantasias ?...
Então possível seria
trocar o tédio dos dias
Em sonhos e magias
Realidades permutadas
Nos coloridos dos pincéis
Adornando em formas
Belezas idealizadas
E esta azáfama aturdida
Reboliços de cada dia
Não dominariam impositivas
Esquecidas por aborrecidas
Se assim fosse, todavia,
Qual distinção haveria
Entre as duas situações
O real e as fantasias ?...
terça-feira, 5 de julho de 2011
LIBERTAÇÃO
Leve tudo de seu
O que lhe pertence
E mais o que quiser
Leve as marcas
Sua presença na ausência
Lembranças e detalhes
Não esqueça o vazio,
As saudades, dor atroz,
Esquecido passado,
Talvez então te perdoe
De você a falta
Aguda, doída, que me faz...
O que lhe pertence
E mais o que quiser
Leve as marcas
Sua presença na ausência
Lembranças e detalhes
Não esqueça o vazio,
As saudades, dor atroz,
Esquecido passado,
Talvez então te perdoe
De você a falta
Aguda, doída, que me faz...
domingo, 3 de julho de 2011
ARREMEDO DESAFINADO
não canto o amor,
por não sabê-lo,
arremedo de poeta
(sem sê-lo)
enalteço a dor
musa esquecida
destilando fel
(lira aborrecida)
nas contradições
adversas palavras
dicotômicas, opostas,
(trocadilhos em fundilhos)
antes alma penada,
desajuízada
mesclando sonhos
(em pesadelos)
música de um tom só
chinfrins entonações
talvez a nota dó
(verbais destrabelhos)...
por não sabê-lo,
arremedo de poeta
(sem sê-lo)
enalteço a dor
musa esquecida
destilando fel
(lira aborrecida)
nas contradições
adversas palavras
dicotômicas, opostas,
(trocadilhos em fundilhos)
antes alma penada,
desajuízada
mesclando sonhos
(em pesadelos)
música de um tom só
chinfrins entonações
talvez a nota dó
(verbais destrabelhos)...
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