quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O FEIJÃO E O SONHO

estagno diante a mim
folha alva, virgem,
a ser maculada
com meus rabiscos
chuviscos de lágrimas
embotadas no fel
reais ou fictícios
ritual de magias,
garimpando palavras
expressando sensações

reverberações de um espírito
traquinas petiz ousado
na vestimenta sóbria
disfarce necessário

e me alço na imaginação
distante realidade
nos ponteiros do relógio
que me chama a atenção
pois de sonhos se deleita
mas necessita de pão...

13 comentários:

BAÚ DE BUGIGANGAS disse...

Olá, Ediloy, estou passando aqui por seu blog.
Linda esta sua poesia! É assim que somos, nós poetas... cabeças nas nuvens e pés no chão, sonho e feijão, flor e raiz...

Um grande abraço!

Anônimo disse...

metalinguagem. Poético!

Enviado por Tiago Henrique (TH) em 16/12/2009 18:41
para o texto: O FEIJÃO & O SONHO (T1981649)

(Recanto das Letras)

Anônimo disse...

Comentário de Gilberto Brandão Marcon:

Querido Poeta e Amigo, o que nos alimenta o sonhar e até mesmo o realizar em nossa vida é menino que fomos, mantê-lo vivo é a garantia da nossa integridade, que longe de ser teimosia, é a melhor convicção possível para cada momento. Fraterno Abraço!

Anônimo disse...

Comentário de Magno Aquino Miramontes:
"pois de sonhos se deleita
mas necessita de pão..." Conheço um verso que diz que: O poeta, quando tem a sua musa, não precisa de blusa, vive de brisa.." Não, eu não disse que concordo, só quero que tire os olhos do relógio, volte-os para o papel e presenteie-nos com novos e bons versos!

(VERSO & PROSA)

Anônimo disse...

Comentário de Eduardo Ramos:

Belo poema, Ediloy, que entre outras coisas que transmite, revela de maneira extremamente poética a própria arte que é o poetar, e todas as catarses que esse ato contém. Abraço!

(VERSO & PROSA)

Anônimo disse...

Comentário de Sandro Pinto:

Muito legal! O poeta é gente que como bebem e se veste não só de lirismo, mas de feijão (não o do pé de feijão da fábula!). Muito boa sua ponderação a respeito do equilíbrio necessário entre a imaginação e a realidade; entre o coração e a razão. Como dizem: amor não enche a barriga de ninguém, antes, quem ama e se ama cuida de si de maneira efetiva e prática, provendo para si e para o amado o devido sustento. É óbvio que pão sem amor não dá! A gente não é só carne, não é mesmo? Seu escrito me lembrou de um poema que postei há pouco tempo, chamado "Oposição". Dá uma passadinha por lá clicando AQUI. Forte abraço, poeta! Sandro Pinto.

Anônimo disse...

Meu amigo, o homem precisa de pão e sonho, o pão é o alimento do corpo e o sonho alimento da alma.

Bela inspiração!

Um Ano Novo de muita ventura!

ubirajara
caravanapoeta@yahoo.com.br
25/12/2009

Anônimo disse...

De sonho em sonho
A vida encontra seu rumo
O amor conquista o mundo
É a semente para o futuro.

Belíssimo querido, parabéns!

Feliz natal!

Beijos
Xama
xama_12@hotmail.com
25/12/2009

Anônimo disse...

Caro poeta o sonho na medida certa pode alimentar a esperança para um futuro melhor porem sem o pão o corpo não tem forças para realizar o sonho...

Bravo poeta como sempre nos brindaste com lindas reflexões.


Parabéns.

J.A.Botacini

Zezinho.

Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
25/12/2009

Anônimo disse...

Boa Tarde Poeta!

Ainda bem que podemos sonhar!
Acho que quem não sonha não vive.
O que seria de nós sem algo para sonhar?
Para uma boa parte já é escasso o pão, pelo menos que sejam
em abundância os sonhos.
Vamos sonhar Poeta já que não custa nada!

Abraço.

♫ Carolina
Carol Carolina
carolinafagundes1@hotmail.com
26/12/2009

Anônimo disse...

Comentário de Kibashi Sanshin:

esta muito bem elaborado o equilibrio entre imagens e sentimentos e o melhor ainda é quem uma surpresa na "saída" do poema

abço

Anônimo disse...

Ediloy, bom dia. Com muitos aplausos pelo poema. O dia a dia sempre nos cobrando, em nome do que passa, e a vida, com o que nos dá de asas, nos convidando ao sonho. Eu imediatamente me lembrei de um porma do incrível Quintana. Quando tiver oportunidade, leia, por favor, "O poeta começa o dia"... é fantástico :)) Um abraço.

Célia de Lima
avepoesia@gmail.com
27/12/2009

Anônimo disse...

Caro Amigo, a alma do poeta em sua inquietação insiste em viver atravessando a ponte entre a realidade concreta e o mundo abstrato, onde se fazem presente os grandes espaços onde comungam as idéias e os sentimentos pintando quadros com os pincéis da imaginação. Fraterno Abraço!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
27/12/2009