MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
sexta-feira, 26 de junho de 2009
O VENDEDOR DE ILUSÕES *
na praça onde sons se confundem
balbúrdias correrias paulistanas
insano ritmo da megalópole pulsa
na algaravia de tantos ruídos
sobressaem-me aos ouvidos
doces cantilenas da sorte
pequeno periquito atende
com a música do realejo
retira no bico o bilhete
entrega para a consulente
o homem recebe da moça
e a moeda tilinta na caixa
ansiosa apreensiva
mensagem vaticina
futuras felicidades
grata ensaia um gesto
no afago na avezinha
encantada segue feliz
ao desempregado evasivas
os ensejos e melhores dias
sorri acalentando sonhos
para a senhora tristonha
da vida amarga solidão
alento novo esperanças
curioso comigo mesmo
questionei o que seria
se ousasse a consulta
percebi-me num átimo
censurado e pueril
desapontado, partia...
...sempre buscamos, nas curiosidades, algo saber sobre o possível sobre-natural, algo que possa nos revelar apenas o que a nós mesmos interessa saber, uma busca indefinida, um sonho, talvez...
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11 comentários:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS EM 15/07/2008
E NO SITE DE POESIAS REESCREVENDO A HISTÓRIA EM 26/06/2009
Este meu poema, em forma de trova, talvez expresse o resumo da situação.
Como será...// A ambiguidade do nosso ser,// e a incerteza do amanhã,// torna a vida e o viver,// belo ou sombrio a cada manhã.
joslu
nascimento17004@ig.com.br
26/06/2009
Nossa vc me trouxe as letras e eu viajei na imaginaçã pude até ver o bichinho com um papelzinho no bico.
Perfeita sua poesia amei!!!!
Abraços
***Claudia Liz***
locutoraclaudia@uol.com.br
Nossa, esse foi um achado heim! Qdo eu tinha 10 anos, não me esqueço que houve uma gincana pra pais e alunos na escola, e a tarefa do meu pai foi achar um realejo e levá-lo lá! Foi uma busca e um achado digno de se gritar "bingo"" Isso faz 24 anos, aqui em SPaulo, q tb sou daqui. Imagino vc vendo o realejo, vai ver ainda é o mesmo homem! rsrsrsr
Muito legal teu escrito! Bjs
Elisa Maria Gasparini Torres
Caro poeta é inerente da natureza humana o querer saber sobre o futuro e de que boas ou más sortes seriam agraciados, O teu poema fez-me lembrar do parque (Changai) que era estabelecido no parque (Dom Pedro l) por volta 1968, eu era rapazola e gostava muito de ir passear por lá. Eu e minha "trupe" íamos nos domingo a tarde para paquerar e de vez em quando consultávamos o velho realejo para sabermos se naquele dia iríamos ter sorte com as garotas.Bons tempos aqueles.
Parabéns poeta pelo poema e pelo tema que me proporcionou belíssimas recordações.
J.A.Botacini
Zezinho.
Seus versos me reportam suavemente a momentos passados, lembranças lúdicas guardadas na caixinha da memória, que as vezes penso ter perdido a chave....Parabéns,..linda poesia.
Linda S. Pereira
Linda S. Pereira
lindspereira@hotmail.com
26/06/2009
é o vôo da fênix... a esperança é o alimento da alma...
JOSÉ ANCHIÊTA VALENTE NETO
valente_neto@hotmail.com
27/06/2009
Nossa, ficou legal, mesmo.. amei,. Sempre é bom te ler..
beijos doces ciganita
Ciganita
soraiassantiago@hotmail.com
27/06/2009
Que encanto meu caro amigo e poeta ! Sua escrita a cada postagem se apresenta mais burilada, trabalhada , numa cumplicidade com a sensibilidade que enternece o coração da gente.
Bj.
Úrsula Avner
ursula@uai.com.br
Cada vez me convenço, de que
o pensamento, tem asas,
cria ambientes, e vai muito mais
longe que as grades de uma
cela ou as portas trancadas de
um quarto.
Cheio de lirismo, este poema encanta.
É uma aula de emoções a mil por hora.
Lindo!!!!!!
Meu carinho.
Cada vez me convenço, de que
o pensamento, tem asas, e cria ambientes,
e vai muito mais longe que as grades de uma
cela ou as portas trancadas de um quarto.
Cheio de lirismo, este poema encanta.
É uma aula de emoções a mil por hora.
Lindo!!!!!!
Meu carinho.
Gloria Salles
Gloria Salles
sallesgloria@yahoo.com.br
28/06/2009
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