quarta-feira, 26 de agosto de 2009

V O A N D O *

neste instante me visita
doce branda quietude
ouço ao fundo o violão
sem cantos, apenas sons

sensações chegam emotivas
minha mente se despreende
de minha matéria passiva
ausências em torvelinhos mansos

doces lágrimas salgam meu rosto
lavam o corpo suavizam a alma
deixo-as espalhar dos olhos pela face
não reprimo o meu sentir, evadir

talvez na inquietude de asas de um colibri
anseia partir deste escafandro a me reter
no poço de meu íntimo, em labirinto, anseio
olhar o infinito anelando voos amargando a prisão

desterro de meu Ser em plagas estrangeiras
neste refletir que ao além me demanda
trazendo-me, a contra-gosto, à posse de mim
lembrando compromissos, rotinas, cotidiano

meu colibri bateu suas asas frenéticas
minhas ilusões cairam na realidade
em surda e muda constatação
eu sou o meu próprio cárcere...

...momentos há em que a porta da imensidão torna-se irresistível...

12 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 26/08/09

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO SITE PROSA E VERSO, 27/08/09

Anônimo disse...

Comentário de DARCI BORGES:

Mais outro lindo poema, Ediloy! Passaremos a vida inteira ensaiando esse voo, até que nos seja assinada a carta definitiva de alforria...

Abraços!...

Blog do Ediloy disse...

publicado no Site de Poesias Reescrevendo a História, 31/08/09

Anônimo disse...

Caro poeta quando enclausuramos nossos sentimentos deixamos de libertar o "Icaro" existente em nosso espírito privando-o de enxergar novos horizontes.

Parabéns poeta por libertar a sua verve poética.

J.A.Botacini

Zezinho.

Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
31/08/2009

Anônimo disse...

por um momento viajei nas asas desse teu colibri,(adoro voar) rs e colhi versos maravilhosos.. Esse é um dos melhores que já li da sua coleção,..Realmente ficou lindo..
beijos doces
ciganita..


Ciganita
soraiassantiago@hotmail.com
31/08/2009

Anônimo disse...

versos fantásticos... poema maravilhoso caro poeta...


deusaii

deusaii@hotmail.com
31/08/2009

Anônimo disse...

Caro Amigo, um texto encantado, num divagar de alma, num instante efêmero de cotidiano que se faz eterno, que visita o coração, onde alegria e tristeza brincam entre si, e o poeta fugitivo se ausenta na saudade. Aplausos!!!!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
31/08/2009

Anônimo disse...

Bom seria se como o colibri
Nosso corpo fosse conduzido
Pelas asas da imaginação.


Deus te abençoe.

JOSLU
nascimento17004@ig.com.br
31/08/2009

Anônimo disse...

Profundo! Encantador! O cárcere assusta no final, mas é verdade. naveguei no tom dos versos...Parabéns amigo!

Daniel Rosa
daniel_rosa2003@yahoo.com.br
31/08/2009

Anônimo disse...

Que este campo de sonhos possa
sempre florir e frutificar.
Palavras-sentimento haveremos
de colher para alimentar o nosso
espírito que voará também nas
asas de um colibri...
Parabéns por este belo poema!

Bjo,bjo
Gloria Salles

sallesgloria@yahoo.com.br
31/08/2009

Anônimo disse...

Olá Ediloy!

Esse poema Voa... voa!

Esse cárcere permite-nos sentir...
E o sentir é seguido do evoluir!

Abraços de Portugal!

Bruno Dias
bchavesdias@gmail.com