doce branda quietude
ouço ao fundo o violão
sem cantos, apenas sons
sensações chegam emotivas
minha mente se despreende
de minha matéria passiva
ausências em torvelinhos mansos
doces lágrimas salgam meu rosto
lavam o corpo suavizam a alma
deixo-as espalhar dos olhos pela face
não reprimo o meu sentir, evadir
talvez na inquietude de asas de um colibri
anseia partir deste escafandro a me reter
no poço de meu íntimo, em labirinto, anseio
olhar o infinito anelando voos amargando a prisão
desterro de meu Ser em plagas estrangeiras
neste refletir que ao além me demanda
trazendo-me, a contra-gosto, à posse de mim
lembrando compromissos, rotinas, cotidiano
meu colibri bateu suas asas frenéticas
minhas ilusões cairam na realidade
em surda e muda constatação
eu sou o meu próprio cárcere...
...momentos há em que a porta da imensidão torna-se irresistível...
12 comentários:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 26/08/09
PUBLICADO NO SITE PROSA E VERSO, 27/08/09
Comentário de DARCI BORGES:
Mais outro lindo poema, Ediloy! Passaremos a vida inteira ensaiando esse voo, até que nos seja assinada a carta definitiva de alforria...
Abraços!...
publicado no Site de Poesias Reescrevendo a História, 31/08/09
Caro poeta quando enclausuramos nossos sentimentos deixamos de libertar o "Icaro" existente em nosso espírito privando-o de enxergar novos horizontes.
Parabéns poeta por libertar a sua verve poética.
J.A.Botacini
Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
31/08/2009
por um momento viajei nas asas desse teu colibri,(adoro voar) rs e colhi versos maravilhosos.. Esse é um dos melhores que já li da sua coleção,..Realmente ficou lindo..
beijos doces
ciganita..
Ciganita
soraiassantiago@hotmail.com
31/08/2009
versos fantásticos... poema maravilhoso caro poeta...
deusaii
deusaii@hotmail.com
31/08/2009
Caro Amigo, um texto encantado, num divagar de alma, num instante efêmero de cotidiano que se faz eterno, que visita o coração, onde alegria e tristeza brincam entre si, e o poeta fugitivo se ausenta na saudade. Aplausos!!!!
Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
31/08/2009
Bom seria se como o colibri
Nosso corpo fosse conduzido
Pelas asas da imaginação.
Deus te abençoe.
JOSLU
nascimento17004@ig.com.br
31/08/2009
Profundo! Encantador! O cárcere assusta no final, mas é verdade. naveguei no tom dos versos...Parabéns amigo!
Daniel Rosa
daniel_rosa2003@yahoo.com.br
31/08/2009
Que este campo de sonhos possa
sempre florir e frutificar.
Palavras-sentimento haveremos
de colher para alimentar o nosso
espírito que voará também nas
asas de um colibri...
Parabéns por este belo poema!
Bjo,bjo
Gloria Salles
sallesgloria@yahoo.com.br
31/08/2009
Olá Ediloy!
Esse poema Voa... voa!
Esse cárcere permite-nos sentir...
E o sentir é seguido do evoluir!
Abraços de Portugal!
Bruno Dias
bchavesdias@gmail.com
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