terça-feira, 18 de agosto de 2009

DERRADEIRA LUCIDEZ *


no catre da dor
anseios voos
meneios reflexos

somente instantes
presentes ou ausentes
no cair em si

rastros que se perderam
asas que não voaram
emoções não compartilhadas

momentos derradeiros
ilumina-se por inteiro
rasgos de estranha lucidez

contato com suas miragens
contorcendo-se em dores
manifesta a essência

desnuda de alegorias
de vernizes artificiais
face humana, crua

estertores, gemidos

cruciais torturas
um corpo hirto...

...momentos extremos, incabíveis conveniências, um Ser diante ao inexorável, sem mesuras, sem cordialidades...


13 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 18/08/09

Anônimo disse...

Absolutamente verdadeiro...acompanhei uma situação semelhante...que intensa solidão essa de quem sofre.E conseguiste expressar muito bem tal realidade, sem ser piegas. Parabéns!
Enviado por Ninna Sophia em 18/08/2009 13:21
para o texto: DERRADEIRA LUCIDEZ (T1760584)

Anônimo disse...

Realista, triste. Quanto aos versos, peculiares (como não poderia deixar de ser)... Abraço.
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 18/08/2009 13:11
para o texto: DERRADEIRA LUCIDEZ (T1760584)

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO DO NO SITE DE POESIAS REESCREVENDO A HISTÓRIA, 22/08/09

Anônimo disse...

Meu caro poeta

O teu poema tem dose certa do dialogo impossível
que tem que ser travado pelo ser humano diante de
momentos extremos da vida. Podemos sentir em tuas
frases, momentos que nada mais há para esconder ou
para guardar... o espelho da alma.
“desnuda de alegorias
de vernizes artificiais
face humana, crua

estertores, gemidos
cruciais torturas
um corpo hirto...”

Excelente trabalho!
Abraços poéticos
Val
Val Bomfim
valbomfim@uol.com.br

Anônimo disse...

Expressão sensível da dor, sem alegorias, somente pureza e lucidez. Parabéns Ediloy! Vc sempre irradiando arte.

Beijos
Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
22/08/2009

Anônimo disse...

...Caro poeta por vezes a dor nos torna lúcidos porque na inércia da felicidade não conseguimos sentir os odores fétidos das irracionalidades.

Parabéns pelo texto e pelo tema que é muito fustigante...

J.A.Botacini

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini

Anônimo disse...

Amigo Poeta, na ansiedade de nossas utopias irrealizadas abortamos nossos vôos poéticos e somos atropelados pela realidade, e nossos versos nos contradizem quanto ao nosso sentir que a finitude nos apaga os rastros, numa luta desigual queremos transcender nosso tempo de modo natural e dar nossa contribuição para vida.

Fraterno Abraço!


Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br

Anônimo disse...

Forte "explosão" de cansaço em tom de desabafo!
Há dias assim que o cansaço dos dias fazem nascer
na pontas dos dedos poema tão belos como este.
Escrita sublime, como sempre.
Gostei muito

Meu carinho e admiração, sempre.

Gloria Salles
sallesgloria@yahoo.com.br
22/08/2009

Anônimo disse...

caro poeta, seu talento tem se tornado cada vez mais apurado. Belo poema, tocante ! Um abraço com minha admiração.

Úrsula Avner
ursula@uai.com.br

Anônimo disse...

Nossa! Bela é sua maneira de expressar..
beijos doces
ciganita

Ciganita
soraiassantiago@hotmail.com
22/08/2009

Anônimo disse...

Fortes colocações, assim como são os dias e as loucuras destes nossos dias.

Um abraço


HSERPA
hserpa@globo.com
22/08/2009

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO SITE PROSA & VERSO, 28/08/09