desponta
irrompe
manifesta
sutiliza
perfuma
entontece
floresce
magias
alegrias
brotos
abertos
despertos
flores
cores
encantos...
(15/11/2008)
MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
M I T O S
imagem bela se esfarela
diante a verdade dos dias
ídolos de panos, balela
construções ideais
erigidas em quimeras
de sentidos surreais
deuses humanos,
frágeis alicerces
falíveis mundanos
são os olhos dos sonhos
obliterados não vendo
a real visão dos enganos...
(25/05/2010)
diante a verdade dos dias
ídolos de panos, balela
construções ideais
erigidas em quimeras
de sentidos surreais
deuses humanos,
frágeis alicerces
falíveis mundanos
são os olhos dos sonhos
obliterados não vendo
a real visão dos enganos...
(25/05/2010)
ANIMAL DIVINO
imerso em mim
lasciva carne
sedução em caça
superfície,
morno voo,
sóbrio, meditativo
tênues véus
o animal
o divino
turbulenta mansidão
tépidas noites frenéticas
calma de vulcão em erupção...
(16/12/2010)
lasciva carne
sedução em caça
superfície,
morno voo,
sóbrio, meditativo
tênues véus
o animal
o divino
turbulenta mansidão
tépidas noites frenéticas
calma de vulcão em erupção...
(16/12/2010)
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
ESTIGMAS
Íntimas tatuagens
Ocultas cicatrizes
Marcas dos tempos
Chagas vivas
No silêncio
Lamentos
Estigmas
Ferro em brasa
Na alma, sofrimentos
Indeléveis sinais
Disfarces em risos
Amargos tormentos...
Ocultas cicatrizes
Marcas dos tempos
Chagas vivas
No silêncio
Lamentos
Estigmas
Ferro em brasa
Na alma, sofrimentos
Indeléveis sinais
Disfarces em risos
Amargos tormentos...
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
ECOS DO PASSADO PRESENTES
pedras sobre pedras
grandezas
erigidas pirâmides
suores e lágrimas
idolatrias
ou noção do infinito
além dos vagidos
dos recéns nascidos
e as agonias da morte
heranças da presença
vestígios para o futuro
sinais dos antepassados
narrados em pergaminhos
desenhados em rochas
registros das civilizações
ofuscadas certezas
veladas verdades
da eterna existência...
05/03/2011
grandezas
erigidas pirâmides
suores e lágrimas
idolatrias
ou noção do infinito
além dos vagidos
dos recéns nascidos
e as agonias da morte
heranças da presença
vestígios para o futuro
sinais dos antepassados
narrados em pergaminhos
desenhados em rochas
registros das civilizações
ofuscadas certezas
veladas verdades
da eterna existência...
05/03/2011
O CISO DA BIRUTA
letras aos ares
aleatórios enredos
inverossímeis à deriva
de nexos e sentidos
encerrando emoções
apreendendo ritmos
zunindo nas folhas,
uivos dos ventos
sensações, momentos
antenas acessas
à flor da pele
derme exposta
ouvidos alertas
sons do silêncio
absorto na faina
tresloucada insana
da aturdida multidão
um insano devaneia
e da janela degusta o mundo ...
27/12/2010
aleatórios enredos
inverossímeis à deriva
de nexos e sentidos
encerrando emoções
apreendendo ritmos
zunindo nas folhas,
uivos dos ventos
sensações, momentos
antenas acessas
à flor da pele
derme exposta
ouvidos alertas
sons do silêncio
absorto na faina
tresloucada insana
da aturdida multidão
um insano devaneia
e da janela degusta o mundo ...
27/12/2010
SENTIDO

definidos
compor o indefinido
resgatar ecos
insinuados
atentos ouvidos
apreender sentidos
percebidos
sussurrados gemidos
em cores suaves
paisagens brisas
mistérios vividos
compor na tela
emoções sucintas
dimensões limítrofes
enquadradas
versos e prosas
imagens da vida...
18/02/2009
* selecionado para figurar no livro 83° ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS, editora CBJE, Rio de Janeiro/RJ, novembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A DOR QUE DEVERAS SENTE...
.Há que se dizer, com delicadeza
O aguilhão que fere, machuca,
Da forma mais branda, leveza,
O penar que aflige, encuca
A arte tem essas vertentes
Tingir o sofrer duradouro
Emoldurar em cores sorridentes
Mitigando o sofrer no nascedouro
Lenitivos em formas e sentidos
Apaziguados ficam os gritos
Transfigura tudo em linguagem
Poesia, por certo, é vadiagem
Ocupações levianas, bobagem
Ao poeta, em versos, seus gemidos...
O aguilhão que fere, machuca,
Da forma mais branda, leveza,
O penar que aflige, encuca
A arte tem essas vertentes
Tingir o sofrer duradouro
Emoldurar em cores sorridentes
Mitigando o sofrer no nascedouro
Lenitivos em formas e sentidos
Apaziguados ficam os gritos
Transfigura tudo em linguagem
Poesia, por certo, é vadiagem
Ocupações levianas, bobagem
Ao poeta, em versos, seus gemidos...
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
FLASHES DA VIDA
Gota a gota na vidraça
Leve chuva em brisas
Visão tépida embaça
Devaneios em preguiças
O tempo gira nos ponteiros
Correm os Seres nas rotinas
Em coletivos os passageiros
Formigas em traçadas sinas
Giros extenuantes, cansaços,
Corridas, maratonas, espaços
Indolências, humores e cismas
Embrenhados nos formigueiros
Lépidos combatentes, guerreiros,
Da vida,protagonistas nas rinhas...
Leve chuva em brisas
Visão tépida embaça
Devaneios em preguiças
O tempo gira nos ponteiros
Correm os Seres nas rotinas
Em coletivos os passageiros
Formigas em traçadas sinas
Giros extenuantes, cansaços,
Corridas, maratonas, espaços
Indolências, humores e cismas
Embrenhados nos formigueiros
Lépidos combatentes, guerreiros,
Da vida,protagonistas nas rinhas...
domingo, 11 de setembro de 2011
VIDA & FÉ
Não há mal que supere
A beleza e esplendor
Luz viva que não recupere
Lenifique os dias e a dor
Ninguém, nem os loucos,
Ocultos na insanidade,
Em ouvidos moucos
Alheios ficam à felicidade
No ar que se respira
Da água cristalina
Da fé e tenacidade
Todas as lágrimas,
Minguadas mágoas,
São gotas na imensidade...
A beleza e esplendor
Luz viva que não recupere
Lenifique os dias e a dor
Ninguém, nem os loucos,
Ocultos na insanidade,
Em ouvidos moucos
Alheios ficam à felicidade
No ar que se respira
Da água cristalina
Da fé e tenacidade
Todas as lágrimas,
Minguadas mágoas,
São gotas na imensidade...
terça-feira, 6 de setembro de 2011
TÉDIO
Brotadas do tédio
As reflexões vadias
Pululam como remédio
Às sensações vazias
Agrupadas palavras
Enxertadas de figuras
Compõem as lavras
Telas de amarguras
Ritmadas ou não
Adornam a ilusão
De sentir-se ouvido
Pobre ser emotivo,
buscando sentido,
Nos prantos, sua canção...
As reflexões vadias
Pululam como remédio
Às sensações vazias
Agrupadas palavras
Enxertadas de figuras
Compõem as lavras
Telas de amarguras
Ritmadas ou não
Adornam a ilusão
De sentir-se ouvido
Pobre ser emotivo,
buscando sentido,
Nos prantos, sua canção...
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
FORMA & CONTEÚDO
Se ao jorro intenso
Da alma inundada
Inspiração for represada
Não soterrar o viço, o frescor
Do desejo, ímpeto concebido,
Por fórmulas à guisa de sentido
Externar é cuidar, preservar
Com as ferramentas, letras,
Ao alcance da sensibilidade
Não malograr o enredo
Pela forma,
Enaltecendo a obra pela moldura
Demonstrar, verbalizar, dar-lhe corpo
Sendo a expressão o que melhor puder
Não sobrepondo os adereços à emoção...
Da alma inundada
Inspiração for represada
Não soterrar o viço, o frescor
Do desejo, ímpeto concebido,
Por fórmulas à guisa de sentido
Externar é cuidar, preservar
Com as ferramentas, letras,
Ao alcance da sensibilidade
Não malograr o enredo
Pela forma,
Enaltecendo a obra pela moldura
Demonstrar, verbalizar, dar-lhe corpo
Sendo a expressão o que melhor puder
Não sobrepondo os adereços à emoção...
domingo, 4 de setembro de 2011
VELADA INTENÇÃO
Além de uma achada,
Palavra chave, cruzada,
Idéia a fluir, ritmada,
Plasmada a forma cunhada
No feitio de um gosto
Nas letras a ourivesaria
Verso inteiro, composto
Expressando a alegria
De cantar, somente,
Dos desejos que calam
De um solitário temente,
Balbúcias, suspiros,
Nem poemas exalam,
Timidez, silêncio, martírios...
Palavra chave, cruzada,
Idéia a fluir, ritmada,
Plasmada a forma cunhada
No feitio de um gosto
Nas letras a ourivesaria
Verso inteiro, composto
Expressando a alegria
De cantar, somente,
Dos desejos que calam
De um solitário temente,
Balbúcias, suspiros,
Nem poemas exalam,
Timidez, silêncio, martírios...
sábado, 3 de setembro de 2011
SONHO ALADO

No parapeito da janela
Olhar absorto na rotina
Festeja um pardal, alma singela,
Sua figura saltitante na retina
De suas asas faço meus anseios
Em alhures ermos, o viver felicita,
Transfiguro o ato só, em devaneios,
E dos instantes mornos, regurgita
Na mutação a fazer sentido
Da placidez insossa letargia
Aos céus desejo asas, emotivo
De empréstimo a sua sina alada
Não mais pesada, acuada apatia,
Vida, sons e cores, sinfonia encantada...
*SELECIONADA PARA FIGURAR NA ANTOLOGIA POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS N° 82, EDITORA CBJE, RIO DE JANEIRO/RJ, SET 2011
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