tempo que se esvai
miúdo, devagar,
finando na areia
da ampulheta
lembrando vigores
cansados, sonhos
desenganados,
folheios no calendário
vindo no real dos dias
toda melancolia
abatida nos fracos
prenhes de esperanças
no alcance do improvável
na aquiescência cordata
insanos e oscilantes humores
cai aos poucos, vai-se a vida...
* Selecionado para ser publicado na 65° Antologia de Poetas Contemporâneos, edição abril/2010, editora CBJE.
14 comentários:
Bela poesia...
Enviado por Elder Prates em 14/01/2010 11:20
p
ara o texto: COMPASSO DA ESPERA (T2028874)
(Recanto das Letras)
Comentário de Albérico Silva de Carvalho:
Caro/Poeta, o tempo é inexorável, passa deixando marcas indeléveis "lembrando os vigores cansados, sonhos desenganados...",por que não? E é isso que nos faz humanos verdadeiros, pois as dores lapidam e servem de instrumento.Seus versos são vivazes por natureza.
(Verso & Prosa)
Comentário de Laís Muller:
Bela sua reflexão sobre o tempo , ante o qual nos sentimos impotentes , passivos ao o ver passar.
beijo
(Verso & Prosa)
Comentário de João Elias Poeta:
É bela a imagem do tempo na ampulheta! A areia caindo lentamente e avida se esvaindo, grão a grão pelo gargalo do tempo. Parabéns, caro Ediloy, pela bela poesia.
(Verso & Prosa)
Comentário de DARCI BORGES:
Caro Ediloy, muito bom o seu poema!
"...tempo
escoando
no sonolento
grão a grão
da areia
se esvaindo
devagar...
tempo
inexistindo
ao se escoar."
(Verso & Prosa)
Comentário de Erika de Lima Liberatti:
Lindos versos! Descrição sutil do amargo... .
(Verso & Prosa)
Comentário de Anne Lucy:
Muito lindo seus versos!
Nos faz entrar em uma profunda reflexão sobre o tempo...
Parabéns!
(Verso & Prosa)
Bom dia Poeta!
Mais uma vez, quanta genialidade e inspiração. Entre essas duas realidades que me confundem, (tempo e espaço), suas gestações ocorreram no estado embrionário da alma humana, quando os códigos genéticos da Virtude e Sabedoria ainda não estavam definidos nos cromossomos da Vida. Todos nós entramos em fases reflexivas, e é justamente as reflexões..a saída...
Parabens!
Um ótimo dia
Beijos
Xama
xama_12@hotmail.com
29/01/2010
Belo, triste e melancólico, quase um góticozinho sob anti-depressivos rsrsr Tem dias que "Compasso da espera" nos completa, mesmo! Bjs
Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
29/01/2010
Caro poeta o tempo é senhor de tudo e, todas as coisas têm o seu tempo útil. A esperança calcada somente no tempo faz do individuo um ser inanimado que vê a vida passar como um cavalo encilhado cavalgando sem montaria. O bom senso diz que “feliz do individuo que tem o tempo como aliado” porque o tempo não lhe fornece mais tempo do que o necessário...Belas e grandes reflexões, meus aplausos.
J.A.Botacini
... Lindo!...
Marcella Barbosa
marcella_bbs@yahoo.com.br
29/01/2010
Tu falas do tempo que vai lento, expões os fortes agora cansados e sem esperanças, dizes da apatia dos desalentados, mas cheios de sonhos quem sabe,impossíveis!
A vida que não para diante da loucura e das incertezas, vai seguindo seu rumo.
Profundo!!!
ubirajara
caravanapoeta@yahoo.com.br
29/01/2010
O tempo não espera, mas o amor é constante. Belos versos, com boa dose de lirismo, parabéns! Abraços, Milla
Milla Pereira
milla.pereira2009@hotmail.com
30/01/2010
A mais pura verdade, do que vivem a maioria dos seres mor-
tais senão da espera de um tempo melhor?
É ao compasso da espera mesmo,e devidamente emprenha-
dos de esperanças.
Parabéns, como sempre é perfeito!
Abraço.
♫Carolina
Carol Carolina
carolinafagundes1@hotmail.com
30/01/2010
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